segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Na Gema

Posto 9 e clássico com direito a goleada

Na próxima quarta-feira, 21/12, chegarei ao Rio de Janeiro para passar o Natal e Reveillon.Como não vou à Cidade Maravilhosa há dois anos é hora de aproveitar bastante. Posto 9, Lapa e Salgueiro são alguns dos lugares que marcarei presença. Quem sabe um BG, na segunda-feira. Quem quiser chegar junto, estou na área. Se derrubar é penâlti.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sempre Curitiba

MON - Um dos locais que aconteceu a
VI Maratona Fotográfica de Curitiba by Carlos Erbs Jr.

Há mais de cinco anos vivendo em Santa Catarina, tive duas oportunidades de visitar o estado vizinho, Paraná. O destino sempre a capital, Curitiba, que sempre gostei muito. Com bares interessantes, vida cultural ativa e seus belos parques a capital paranaense é uma boa pedida para quem quer abrir a mente e curtir um bom fim de semana.
Minha última passagem foi, no fim de semana passado, durante a VI Maratona Fotográfica de Curitiba, organizada pela Portfólio Escola de Fotografia e que homenageou o gênio das cores Walter Firmo.
Participei de workshops, palestras e bate-papos com grandes fotógrafos brasileiros. Uma grande aula desta arte que cada vez fico mais familiarizado. Como o objetivo deste blog é falar de lugares interessantes de se conhecer fora do Rio de Janeiro, recomendo o Museu Oscar Niemeyer (MON) ou Museu do Olho, como alguns chamam. Em frente tem o Basset Lanches que serve uns sanduíches maneiros e à noite fica lotado com fila na porta para quem quer tomar uma boa gelada.
No mais, Curitiba é cheia de lugares interessantes, como o Parque Tangá, Jardim Botânico e os bares do Batel.


Reflexos I by Carlos Erbs Jr.

Apresentação do trabalho de Nego Miranda em Cuba
by Carlos Erbs Jr.

MON à noite by Carlos Erbs Jr.

Reflexos II

Exposição no Basset Lanches by Carlos Erbs Jr.

Reflexos III by Carlos Erbs Jr.

Walter Firmo by Carlos Erbs Jr.

Workshop com Eustáquio Neves by Carlos Erbs Jr. 

Meio e mensagem  by Carlos Erbs Jr.  


Entre monstros: Nego Miranda, Walter Firmo (Homenageado),
eu e Cássio Vasconcellos (O monstro)


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Deixa como está

Primeiro sábado da festa, 08/10, estava lotado no show dos Montanari

Não acho legal repetir assuntos e como todo ano não há grandes mudanças na Oktoberfest, em Blumenau, que valham escrever um novo post sobre o tema, me abstive de comentar especificamente a festa, apenas citei-a no post anterior.  Porém, nos últimos dias da maior festa do chope das Américas, li a coluna do parceiro de profissão do Jornal de Santa Catarina, Evandro de Assis, e decidi compartilhar com os leitores deste blog.
http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,183,3530995,18183
Realmente, o que seria de Blumenau sem a Oktoberfest? É ela que dá todo charme a cidade e traz alegria para quem vive na cidade e na região. Acabar com a Oktoberfest, ou mudá-la radicalmente, seria o mesmo que acabar com o Ilê Aiê, em Salvador ou o Cordão do Bola Preta, no Rio de Janeiro. Quem quer conforto, fique em casa e veja a vida passar. Ein Prosit!
 

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Olhar Carioca sobre SC completa um ano

Alemanha x Itália Copa 2006 em Pomerode
Não posso mentir que não sinto falta do Rio de Janeiro. Ainda mais hoje, que depois de um feriado conferi pela internet o samba vencedor do Salgueiro. Mas escolhi viver aqui e confesso: apesar da saudade, fiz a escolha certa.
Aqui me estabeleci profissionalmente, sou conhecido e reconhecido e já mostrei nesse blog que há muitos lugares e formas de se matar a saudade da Cidade Maravilhosa.
Há um ano comecei esse blog, como uma terapia.  Morava em Balneário Camboriú e estava em um lugar inspirador para lembrar-me do Rio e fazer associações.

Hoje em Pomerode, “Cidade Mais Alemã do Brasil”, também me sinto em casa, com se um dia eu tivesse vivido na Alemanha.
A cultura instintivamente sempre me atraiu e desde que cheguei a Santa Catarina tive uma proximidade com Pomerode.
Aqui assisti a semifinal da Copa da Alemanha, entre Alemanha e Itália e não preciso nem falar da minha devoção pelo líquido dourado, que é bastante difundida aqui.
Ainda não falo alemão, mas quem sabe um dia falarei e quando este blog completa um ano em atividade, nada melhor que saudar com uma cerveja, no ritmo da Oktoberfest, que já marquei presença no último fim de semana e pretendo ir mais algum dia ainda nesta edição.
Por isso, para todos aqueles que acompanham o Fora da Gema, Ein Prosit! E para aqueles que não conhecem, ele está aí para você conhecer um pouco de Santa Catarina e também entender como faz um lugar estranho, virar o seu lar.



segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Rock in Pomerode

Camarote do Osama no fim da festa
by Carlos Erbs Jr.


Foram sete dias de muito som no Rock in Rio IV. Alguns bons, outros nem tanto, mas gosto à parte, o Rio mais uma vez mostrou que é uma cidade merecedora e deve realizar grandes eventos.
Desta vez não estava presente, mas curti pela TV quase todas as apresentações junto com meus vizinhos, que fundaram o Camarote do Osama. Para os críticos posso dizer que não peguei fila, nem chuva e paguei barato a comida e a bebida (bastante...rs).
Porém, digo que pelo menos um dia preferia passar todos os perrengues e ter muitas histórias para contar, assim como na terceira edição, em 2001, quando estive nos dias do R.E.M. e Red Hot Chilli Peppers.
Sim, em 2001 estava presente. Foi meu primeiro e único, mas inesquecível. No primeiro eu tinha seis anos e viajando para Volta Redonda ouvia pela Rádio Cidade, o Ultraje Arigor. Não me esqueço desse momento, apesar de ser muito novo. Já no segundo, no Maracanã, acompanhado dos meus pais poderia ter ido, mas não deu. O jeito foi acompanhar pela TV.
Quem sabe no próximo marco presença. Mas posso dizer que não deixei de aproveitar mesmo de longe.
Nesta edição, destaco Sepultura e Tambours Du Bronx, Zeca Baleiro, Metallica e claro Red Hot Chilli Peppers. Fora Frejat, Pitty e Capital Inicial que mandaram ver no show e não deixaram a desejar a nenhum gringo. A homenagem ao Renato Russo, com a Legião Urbana também arrebentou.  
O Capital Inicial, por sinal, repetiu o que fez em 2001 e levantou a Cidade do Rock.
Foi isso, muitas horas de som que foram concluídas com o veterano Guns’n Roses. Agora é só aguardar a próxima edição em 2013. Se der estarei lá.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Mundo de fantasia

Vista da roda gigante by Carlos Erbs Jr.


Uma das coisas mais interessantes da vida é você poder retornar a lugares por onde passou ao longo da vida. Quanto maior o espaço de tempo entre as visitas, maiores são as surpresas.
Escrevo isso porque recentemente estive no Beto Carrero World, em Penha, 19 anos depois de conhecer o parque.
Destino de muitos turistas que passam pelo estado, encanta principalmente para quem não teve oportunidade de conhecer outros parques do Brasil e do mundo. O Parque em Penha é legal, divertido e um bom lugar para um passeio em família.
Está muito bem melhor de quando conheci em 1992, ano de sua inauguração. Entrando na adolescência bati o pé e briguei com meus pais para ir ao parque. Porém, me decepcionei. Com pouco tempo inaugurado, não tinha nada de interessante, ainda mais para quem tinha conhecido o Disney World, um ano antes.
O tempo passou e o Beto Carrero cresceu e se tornou um parque bem interessante. Com vilas temáticas, tem atração para todas as idades e para curti-lo, integralmente, um dia é pouco. Principalmente porque entre os muitos brinquedos há shows com horários marcados. Indico a montanha russa invertida, Fire Whip. Sensacional. Parece que estamos saindo de órbita e um de seus loops nos deixa, literalmente, de pernas para o ar. 
Valeu a pena! E por ser tão perto de Pomerode, vale retornar sempre que puder. Uma boa dica para quem visita o estado e tem um dia livre para soltar a criança que existe dentro da gente.
    



  

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Cervejas Gourmets








Neste blog já fiz um post sobre as cervejarias artesanais do Vale do Itajaí e de outros municípios de Santa Catarina, mas ainda não tinha me atrevido a falar de cervejas gourmets em geral. Porém, outro dia fiz uma reportagem sobre o tema, e apesar de ser um apreciador e saber um pouco mais que um leigo sobre o assunto, fui em busca de quem já está mais entendido do ramo. E para falar de cervejas especiais é preciso degustá-las. E foi justamente isso que fiz com Jurgen, Tales, Meycon e meu companheiro de labuta Bob, no restaurante Siedlertall. Não tinha pauta melhor para um fim de dia cansativo.  Depois do papo que rendeu a reportagem que você pode conferir no endereço eletrônico http://www.adjorisc.com.br/jornais/jornaldepomerode/noticias/revista-jp/descobrindo-o-mundo-das-cervejas-1.590022, fizemos uma degustação. E como em casa de bamba, conversa de sambista é samba; na de cervejeiro o negócio é investir em bons goles.
Na ocasião foram experimentadas: a Belgian Floris Kriek, uma cerveja Belga estilo frutada, de cereja com 3,6% de álcool; a Paulaner Original Munchner Helles, cerveja alemã puro malte, baixa fermentação, tipo lager, com 4,9% de teor alcoólico; a 8.6 Blond contém nuances de malte e whisky, tem 7,9% de teor alcoólico e baixa fermentação e a Leffe Brune, cerveja belga de cor vermelho-castanho profundo, sabor rico em malte e com 6,5% de teor alcoólico. A próxima investida será na produção pessoal de Meycon Allan, que já arriscou algumas receitas bem diferentes.







Siedlertall tem a melhor carta de Pomerode vale a pena conferir


Foto: By Carlos Erbs Jr. e Bob Gonçalves - Jornal de Pomerode

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Noite de autógrafos e lançamento

A FANTÁSTICA FÁBRICA DE FILMES: COMO HOLLYWOOD SE TORNOU A CAPITAL MUNDIAL DO CINEMA







Não posso deixar de recomendar para meus amigos Cariocas e para o público em geral. A autora é minha amiga de faculdade e eu acompanhei parte do processo desta obra. Parabéns Ana e sucesso.
A fantástica fábrica de filmes
Autora: Ana Carolina Garcia
Editora: SENAC
Sinopse A indústria do cinema instiga a curiosidade: como serão as engrenagens dos estúdios que dão vida à imaginação de tantos profissionais? De que forma o cinema americano se constitui parte estratégica nessa máquina de entreteni­mento mundial? E o que se passa nos bastidores da produção dos filmes que se tornam sucesso de bilheteria nos quatro cantos do planeta? A fantástica fábrica de filmes revela como funciona essa enorme indústria que atrai uma legião de cinéfilos em todo o mundo.

Local: Livraria da Travessa - Shopping Leblon
Data: 23/08

Horário: 19h

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Cenário Perfeito


Quinta Coluna Tom dos Santos e Paula Braun
by Carlos Erbs Jr.

Filme Quinta Coluna tem Pomerode como cenário para falar da perseguição aos descendentes de alemão do Vale do Itajaí

O assunto ainda está vivo na memória de muitos moradores do Vale do Itajaí, principalmente na dos que sofreram a repressão aos imigrantes durante o governo de Getúlio Vargas, durante o início do Estado Novo até o término da Segunda Guerra Mundial, período que se estendeu de 1937 a 1945. A proibição do uso do idioma alemão, principalmente, era o que mais incomodava os imigrantes e descendentes que aqui residiam e um dos pilares da Campanha de Nacionalização. Esse é o pano de fundo para o curta-metragem, Quinta Coluna, dirigido por Carlos Daniel Reichel, que teve como cenário o Hotel Fazenda Mundo Antigo, em Pomerode.
Durante uma semana a equipe e elenco ficaram na cidade e aqui gravaram as cenas que contam a história de Thomas, Tom dos Santos e Karin, Paula Braun, mãe e filho que após a perda do patriarca, tiveram que sozinhos conviver com a perseguição aos descendentes de alemães. Era 1942 e preocupada com a segurança da família, Karin tenta apagar todos os indícios alemães do marido, enquanto o filho tenta manter viva a memória do pai. Neste entrave, os dois têm que lidar com um delegado, Marcos Azevedo e o filho, Mikael Beltrame Bonotto, que tratam com hostilidade mãe e filho.
O filme em película 35mm terá 15minutos de duração e está previsto para ser lançado em 2012. O filme é produzido pelas: Cinerama BC Filmes de Balneário Camboriú e Epic Studio, de Itajaí.
Segundo o diretor, Carlos Daniel Reichel, que é de Jaraguá do Sul, mas está radicado em São Paulo, o interesse pelo tema é mostrar o efeito que um fato histórico pode ter sobre a vida das pessoas. Principalmente quando se trata de um assunto que é bastante familiar. “Minha avó era criança na época que toda essa perseguição aconteceu. Mas lembro dela comentar diversas vezes sobre o tema”, explicou o diretor.
Essa familiaridade com assunto, o diretor buscou também na hora de escolher o elenco e a equipe. “A maior parte dos atores e equipe técnica é daqui, ou tem relação com o estado”, disse o diretor. Essa procura por profissionais de Santa Catarina também tem o objetivo de estimular o crescimento da indústria cinematográfica no estado, como conta o produtor, André Gevaerd. “Precisamos de uma produção permanente no estado e assim desenvolver um mercado profissional. Além do mais, é mais fácil conseguirmos o entendimento de temas como esse, trabalhando com quem é daqui e conhece a cultura local”, enfatizou o produtor.

Locação perfeita
A escolha de Pomerode como locação para as gravações do filme, deve-se a preservação da cultura alemã que existe na cidade e principalmente no local das filmagens, o Mundo Antigo, ambas têm características e peculiaridades perfeitas para reproduzir o cenário daqueles idos 1942. Sem contar que a própria população, o proprietário do Mundo Antigo e a Fundação Cultural contribuíram com a equipe, quando a mesma garimpava objetos que remetessem àquela época, conforme destacou o produtor, André Gevaerd. “Fizemos uma pesquisa há dois meses e toda a região foi mapeada. Na hora de fazer o desenho de produção consideramos Pomerode como a melhor locação. Sem contar que aqui atendia nossos anseios e com um orçamento limitado não podíamos nos dar ao luxo de imprevistos”, explicou. André também ressaltou a identificação que a cidade tem com o tema e isso contribuiu para a receptividade. “O Adolar. do Mundo Antigo, nos recebeu tão bem. Sem contar que a população nos auxiliou no garimpo de peças típicas da época”, lembrou, sem deixar de agradecer, “já sabemos para onde voltar em uma próxima produção”.
Raiz no Vale Europeu

A blumenauense Paula Braun esposa do ator Matheus Solano by Carlos Erbs Jr.

Blumenauense, a atriz principal do curta, Paula Braun, que interpreta Karin, tem um carinho enorme por sua terra natal e por isso sempre que recebe um projeto que tenha relação com o Vale do Itajaí analisa a proposta com mais carinho. “Fiquei bem feliz com este roteiro. Como era um assunto que já conhecia, inclusive tratado nas aulas de História, achei bom participar”, contou à reportagem do Jornal de Pomerode, a atriz que estudou nos colégios Santo Antônio e Alberto Stein, ambos em Blumenau.
Vivendo no Rio de Janeiro há quatro anos, a atriz a cada dia se consolida como um das grandes revelações da dramaturgia brasileira. Paula acabou de gravar a temporada de Malhação, na TV Globo; está com uma peça em cartaz a duas temporadas e agora no segundo semestre gravará o filme Amanhã Nunca Mais, de Tadeu Jungle, no qual contracenará com Maria Luisa Mendonça, Fernanda Machado e Lázaro Ramos. Depois de gravar em Pomerode (Paula ficou até quarta-feira, 10/08, na cidade) a atriz seguiu para o Rio Grande do Sul para participar do 39º Festival de Cinema de Gramado, que acontece até sábado, 13/08.
 Mais fotos da gravação

Set de filmagens do curta Quinta Coluna by Carlos Erbs Jr.













Perseguição aos descendentes de alemães e imigrantes
Com este mesmo tema ganhei o prêmio Adjori SC 2011, na categoria Projeto Especial pelo Jornal Metas, no qual trabalhei de 2007 a 2010. O projeto foi feito com os meus companheiros jornalistas Alexandre Melo e Kássia Dalmagro. Neste mesmo ano, o Jornal Metas também foi eleito o melhor jornal de interior de Santa Catarina, sagrando-se bicampeão.


Capa do Projeto Especial



quarta-feira, 27 de julho de 2011

Bateu a fome





Todo mundo que sai do Rio de Janeiro sempre que fala de saudade, lembra do Maracanã, do samba e de tantas belezas naturais da Cidade Maravilhosa. Mas para ser rebelde, decidi seguir outra linha e vou lembrar de coisas que passam despercebidas para muitos, mas não para mim. Imagine que eu estou pegando um ônibus de Blumenau para Pomerode, depois do trabalho. Tudo bem eu moro e trabalho em Pomerode, mas como disse outro dia um cara que pedi informação: “suponhetando”. Bate aquela fome de matar e você na gana de chegar em casa para jantar. Aqui com certeza continuarei com fome. Mas se fosse no Rio seria diferente. Depois de entrar no ônibus, logo no ponto seguinte pela porta da frente entraria um trabalhador informal, dizendo que poderia estar roubando e matando, mas está ali vendendo aquele saquinho de amendoim ou bala, que matará sua fome e deixará a viagem mais alegre. Quem não sentiria saudade disso? Eu sinto.  
Outro exemplo de algo que sinto saudade também é relacionado à gastronomia. Isso mesmo, gastronomia, e de primeira classe. Ou em algum outro lugar do mundo você encontra aquele “filé miau” das esquinas Cariocas. Só lá tem isso.
E já que estou só falando de comida eu não irei parar mais. Cachorro quente na carrocinha, com opção: salsicha ou linguiça, não é em qualquer lugar que você encontra. Ovo colorido, sanduíche de carne assada, isso é coisa que só quem mora no Rio tem. E se existir em outro lugar, pode até ser bom, mas vai faltar tempero.
Ah! Tanta comida dá sede. Então o jeito é abrir a janela do carro no sinal e comprar aquela água estupidamente gelada ou uma coca-cola. Você mata sua sede e contribui para economia das vítimas da desigualdade social que existe no Brasil.
Mas como água não é minha bebida predileta, o jeito é parar naquele “butiquim” bem sujinho, com o São Jorge abençoando o ambiente e pedir uma Itaipava, ou, a mais barata como fazia na época da faculdade.  
Agora, para encerrar não poderia deixar de lembrar o velho e bom chinês. Em toda esquina tem. Um mais esquisito que o outro, mas com aquele salgadão recheadão, que não pesa nem um pouco no bolso e ainda vem com o “sugo”.  
 

Foto: Divulgação

quarta-feira, 29 de junho de 2011

No mínimo curioso


Seu Koko e a "Marvada" by Carlos Erbs Jr.


Toda cidade tem lugares exóticos e curiosos, que caem nas graças de moradores e visitantes. Pomerode tem muitos desses locais para mostrar e um deles é o conhecido Bar do Koko’s, no bairro Wunderwald. 
Hoje, o bar está desativado, mas o local continua despertando a atenção de quem passa por ali, pois nada do que o ornamentava foi mudado, pelo contrário, mais objetos foram colocados no que o proprietário, Arno Ervino Júlio Glatz, o Koko, chama de Museu do Koko’s.
Para alguns pode parecer um monte de quinquilharia, para Koko é um pouco de sua história e de pessoas de diversas partes do mundo que por ali passaram.
Tudo começou há mais de 20 anos, quando cansado de servir a familiares e amigos e pagar a conta no final, Koko decidiu abrir um comércio.
Quanto à decoração do ambiente, que é o que realmente chama atenção no bar, Koko diz que é um apanhado de coisas que ganhou e guardou ao longo de sua história. Apesar de ter apenas 65 anos, há objetos expostos de mais de 100 anos, como o “pica-pau” de socar pólvora em espingarda e outros pertences de seu pai de 1918.
Muita coisa já foi trocada, vendida ou mesmo doada e isso é uma prática comum de Koko, pois quando alguém desperta um interesse maior que o seu em relação a alguma peça do acervo, ele sem ressentimentos passa adiante.
Comigo não foi diferente e após fazer a reportagem sobre o local para o Jornal de Pomerode, acabei sendo presenteado com duas garrafas: uma de cachaça e outra de licor de cacau. Ah, não posso me esquecer que ele também ofereceu algumas boas doses de uma cachaça de figo. Claro que não recusei e dividi com a Karol, minha editora chefe.
Antes de concluir, não posso deixar de destacar que a matéria foi marcada para o fim da tarde de uma sexta-feira, de modo que não atrapalhasse o andamento do serviço.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

É campeão!



Comemoração na frente da lanchonete de um flamenguista



Ontem comemorei meu primeiro título do Vasco em Santa Catarina. Desde 1997 essa foi a primeira conquista do meu time de coração que eu não estava presente. Foi difícil torcer de longe, confesso, mas isso não importou. O que valeu mesmo foi gritar: É campeão!
Assisti com outros vascaínos de Pomerode e depois fomos para a rua comemorar.
Em Blumenau a Alameda Rio Branco, tradicional ponto de comemoração de torcedores, foi tomado pela nação vascaína, que varou a madrugada.
Valeu Vascão por novamente me dá essa alegria. Agora é pensar no futuro e na Libertadores de 2012, para repetirmos o feito de 1998. Juninho está voltando, o Felipe tá aí, agora é só contratar alguns reforços e ir à luta.
Neste post não escrevi muito porque, ainda estou curando a ressaca da festa. E que festa.
Saudações Vascaínas    

Comemoração na Alameda em Blumenau

Antes do jogo na casa do Nano

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Clássico Alvinegro

Domingo, dia 29 de maio, me convidaram para assistir um clássico do futebol brasileiro no Estádio da Colina. Não pensei duas vezes e segui à tarde para o relvado onde seria disputada a partida.
Em campo dois alvinegros, um com a cruz de malta no peito e o outro com a gloriosa estrela solitária. Nas torcida muitas camisas com a tradicional faixa diagonal, iguais às que consagraram craques como Romário, Edmundo e Roberto Dinamite e também com as listras verticais como as usadas por Garrincha, Nilton Santos e mais recentemente Túlio Maravilha.
E foi justamente esse embate de alvinegros, que mês fez recordar vários Vasco e Botafogo no Maracanã. Alguns como a Taça Rio de 1994, onde pela primeira e única vez vi o Denner dar seus dribles de moleque, ao lado de Valdir Bigode e um jogo que o Vasco venceu por 1 a 0, que se não estiver errado foi com gol do meia Willian, aquele baixinho habilidoso que jogou nas décadas de 80 e 90.
Também lembro um jogo entre as duas equipes, que o Túlio prometeu dois gols contra o meu Vasco. Ele cumpriu a promessa e me fez voltar para casa de cabeça cheia. Mas futebol é assim. Um dia ganhamos, outros perdemos.
Mas voltando à partida deste domingo, para minha alegria, os cruzmaltinos abriram o placar e terminaram o primeiro tempo com a vantagem de 2 a 0. Na sequência mais um a favor do time da cruz de malta e um de honra para o time da estrela solitária. Festa na colônia e nos botequins com o placar de 3 a 1.
Porém, quando estava indo embora ouvi dois torcedores, um de cada time, comentando sobre a partida no idioma alemão. Pensei: que legal! Turistas vieram acompanhar esse clássico.
Fui embora feliz da vida revivendo alguns domingos, que ao lado do meu pai e às vezes de amigos, ou mesmo do meu irmão vivi no Maracanã.
Ao chegar em casa liguei a TV para assistir os populares debates de fim de rodada e comecei a estranhar uma coisa. Os comentaristas falando o tempo todo que o Botafogo vencera o Santos por 1 a 0 e o Vasco estava derrotando o América Mineiro por 2 a 0.
Ué como podia isso, se eu tinha acabado de assistir os dois em campo. Quem conhece onde eu moro, vai entender de cara a brincadeira. Para os demais, terei que revelar.
Na verdade o Estádio da Colina, não é São Januário, o time cruzmaltino, não é o meu querido e amado Vasco da Gama e sim o Vera Cruz, de Pomerode. Assim como, o Botafogo não é o de General Severiano e sim do Wunderwald.
Apesar de não ser o verdadeiro clássico entre os alvinegros Cariocas, a partida do Regional Amador da LPD valeu para relembrar bons momentos deste tradicional duelo do futebol da minha terra.
   


Botafogo 1 x 3 Vera Cruz by Carlos Erbs Jr./ Jornal de Pomerode
         

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Nova atração no Zoo Pomerode

A mãe protege a pequena Juli no Zoo Pomerode
Foto by Carlos Erbs Jr.

Talvez quem leia esse meu post estranhe o tema. Mas como disse desde início, o Fora da Gema tem como foco situações vividas por mim em Santa Catarina.
O jornalismo às vezes nos proporciona situações engraçadas e bem distintas. Depois de cobrir a prisão de um ladrão de residências fui fazer uma matéria sobre um filhote de babuíno verde, que nasceu há dois meses e agora está em exposição no Zoo Pomerode.
Como o blog propõe também falar de locais interessantes para se visitar, vai aí uma dica de quem já visitou diversos zoológicos - Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro, o de São Paulo, o Simba Safari, também em Sampa e o Bush Garden, em Tampa, Flórida: visite o de Pomerode. Ele é bem organizado e conta com uma diversidade de animais. Sem contar que o local, tem suas peculiaridades históricas. É o terceiro zoológico do Brasil e o primeiro da região Sul. Sua data de fundação é de 1932 e após 79 anos, ainda é uma das principais atrações de Pomerode.
Quanto ao filhote de primata, apesar da carinha de macaquinho é muito bonitinho e vale a pena conferir. Na verdade é uma fêmea que recebeu o nome de Juli. A mãe não desgruda um só minuto, para não deixar que o pai chegue perto e possa fazer algum mal ao filhote.
O babuíno verde é uma espécie nativa do continente africano, mas que hoje tem bastante exemplares no Brasil, sendo criados e se reproduzindo em cativeiro. O animal vive em média 30 anos.


Foto by Gabi Milchert/Jornal de Pomerode


Foto by Gabi Milchert/Jornal de Pomerode

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Pagode com chucrute

Os Kamaradas da Dudonne Pizzaria by Carlos Erbs Jr.




Não sabia que em terra de “alemão”, o popular pagode, tinha vez. Mas descobri isso na sexta-feira na Dudonne Pizzaria, no bairro Testo Rega, em Pomerode, onde se apresentou o grupo Os Kamaradas.
Confesso que no início achei o convite estranho, mas resolvi arriscar e acompanhado, da minha esposa Louise e da galera do Jornal de Pomerode, fui conferir de perto.
Chegando lá, começamos com as comparações, mesmo antes de o pagode rolar. Para quem conhece, o ambiente fazia lembrar um pouco a Ilha dos Pescadores, local de algumas “batalhas” em tempos passados e que todo solteiro no Rio sabe muito bem como é. A lembrança era principalmente por ser um local aberto e que a galera ficava circulando.
O grupo que originalmente era de Blumenau, hoje tem a maioria de seus integrantes de Gaspar. Eles tocaram algumas pérolas do pagode e se arriscaram também em alguns “axés". Rolou Exaltasamba, Revelação, Alexandre Pires, mas samba de raiz muito pouco, uma pena. Mas até é compreensível, pois não é bem a preferência do eleitorado por aqui.  
Pela quantidade de gente que prestigiou, o pagode da Dudonne deve ter outras edições, mostrando assim que “alemão” também gosta de cair no samba, ou pagode. E como dizia Caymmi, “quem não gosta de samba, bom sujeito não é...”. 
  

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Pequena Alemanha

Portal de entrada da cidade by Carlos Erbs Jr.



Demorei a escrever por causa da correria da mudança, mas às vésperas de completar cinco anos em Santa Catarina tomei um novo rumo dentro estado. Depois de morar um mês em Florianópolis, três anos em Blumenau, um em Gaspar e um em Balneário Camboriú desembarco em uma nova cidade, Pomerode.
Pequena, toda cheia de peculiaridades em razão da influência dos imigrantes alemães, a Cidade mais Alemã do Brasil sempre atraiu minhas atenções.
Lembro, inclusive, que meu primeiro aniversário em terras catarinenses, 4 de julho de 2006, foi comemorado na cervejaria Schorstein, durante o jogo Alemanha e Itália pela semifinal da Copa de 2006.  Também estive em duas oportunidades na Festa Pomerana de 2010 e sempre fui muito bem recebido, claro que sempre com muito chope.
Admiro a organização do município e seus jardins repletos de flores e acho curioso em pleno Brasil andar pelas ruas e ouvir gente falando alemão. Claro que não sei falar nada do idioma germânico, mas prometo que irei me esforçar para aprender.
Atrativos não faltam e aos poucos irei apresentando-os aos leitores deste blog, mas para começar falarei das construções típicas que pude conhecer melhor por meio do Guia do Centro Histórico, apresentado por ninguém menos que a vice-prefeita, Gladys Sievert, durante uma reportagem do Jornal de Pomerode.
A arquitetura enxaimel, aquela típica alemã, muitos já ouviram falar, mas andando pela Rua 15 de Novembro há muitas casas históricas com outro estilo de arquitetura europeia.  Algumas são tombadas pelo patrimônio histórico e trazem em suas memórias fatos relevantes da trajetória da cidade. Nesse roteiro podemos destacar a Casa do Escultor, O Museu Pomerano e o Teatro Municipal, este último uma construção mais recente, mais que faz parte do roteiro.    
Depois de passear pelas ruas da cidade e conhecer um pouco mais de sua história, digo com convicção que Pomerode encanta quem chega e se entrega a conhecer a cultura e os costumes desse povo.  






Fotos by Carlos Erbs Jr./Jornal De Pomerode

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Pequena Copacabana


Cristo Luz é uma das atrações da cidade

A vida nos proporciona momentos inesquecíveis, que devemos aproveitá-los ao máximo. Por isso, me despedi de Balneário Camboriú esta semana, com uma sensação, meio à La Roberto Carlos: “se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi”. Na verdade foram muito mais sorrisos do que lágrimas e realmente só deixei a cidade por causa de uma nova oportunidade profissional que surgiu em Pomerode, também em Santa Catarina, para os que não conhecem. Meu novo destino.
Nesse um ano que morei em Balneário, vi que não há melhor lugar em Santa Catarina para um Carioca viver e não sentir tantas saudades da terra natal.
Com praias, bares e uma vida noturna agitada, a cidade respira 24 horas e tem diversas similaridades com o Rio de Janeiro. Não é forçar a barra, mas BC é conhecida como uma pequena Copacabana, com direito as calçadas de pedras portuguesas, com ondas,  para copiar a Princesinha do Mar.
Mas não é só isso que a cidade faz lembrar o Rio de Janeiro.  Tem Cristo, não é o Redentor e sim o Luz, mas do alto do morro também abençoa moradores e visitantes. Ah! Também tem Avenida Brasil, Avenida Atlântica e bondinho, tudo bem que esse último é chamado de teleférico.
Sem contar que andando pelas ruas da cidade, você verá Padaria Copacabana, Sushi Carioca e bar Maracanazzo. No caso do sushi, a referência tem a ver com os donos que são do Rio de Janeiro e fizeram um ambiente bastante aconchegante para nós Cariocas, com muitas fotos da nossa querida cidade. Vale a pena conferir.
Foram 365 dias bem vividos e aproveitados, com direito ao Reveillon, que teve cascata de fogos de um prédio na Barra Norte. Para quem não conhece o Rio de Janeiro, Balneário, mesmo que em outro estado, é uma boa amostra do que o mundo está acostumado a se encantar. 


Foto: Divulgação/internet

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Identidade Carioca

Foto: Reprodução bermuda da Bestness by Carlos Erbs Jr.  

Aqui em Santa Catarina se discute muito a questão da identidade do estado. Dividida pelas regiões, ela sofre influências diretas das mais distintas. Nas divisas com o Rio Grande do Sul, as tradições gaúchas, predominam. Há ainda a influência vinda do Paraná e a mais predominante que é dos imigrantes europeus, principalmente no Vale do Itajaí. Uma coisa é certa, é muito difícil dizer o que realmente é uma cultura genuinamente catarinense, ou pelo menos dizer que foi incorporada e propagada pelo mundo. Talvez a Oktoberfest de Blumenau e o “Manezinho da Ilha”, de Florianópolis sejam essas maiores representações.
Mas um dia discutindo isso com um Gaúcho, ou melhor, um nativo do Rio Grande do Sul, pois gaúcho não é naturalidade e sim aquele que pratica e preserva a cultura gauchesca; caímos na discussão do que seria a identidade Carioca.
Provocações à parte, dissecamos qual a cultura do Rio de Janeiro, que o mundo todo canta e se encanta.
Não estamos falando das belezas naturais, que levam nosso nome aos mais distantes cantos do planeta. Então, o que seria a identidade do Carioca? O malandro? A feijoada? O samba?
Poderíamos balançar a cabeça positivamente para essas três opções, mas a exemplo do samba, que explodiu nas rodas da Praça da Mauá, tem origem nos rituais afros do candomblé e da umbanda trazidos pelos baianos, a então capital da nação.
E é justamente o fato de ter sido a capital do Brasil, até a fundação de Brasília em 1960, que fez o Rio sofrer influências de diversas nações.
Antes mesmo da chegada da Família Real Portuguesa, em 1808, os franceses já tinham deixado algumas marcas na cidade, que até hoje podem ser conferidas. Mas foi o calor escaldante desta terra que recebeu o título de maravilhosa, não por acaso, que foi moldando o jeito dos muitos “Meninos do Rio” e das “Garotas de Ipanema”. De “corpo aberto” e com muito suingue foram recriando os estilos e colocando patentes naquilo que se identificavam. Desta forma, incorporando e apimentando a gosto, o Carioca, criou o seu jeito arrastado de falar, malemolente de andar e despojado de se vestir, exaltando o “Carioca Way of Life”.

sábado, 19 de março de 2011

Adeus verão


Um amanhecer na Praia Central - BC  by Carlos Erbs Jr. 


Tom Jobim já cantava: “são as águas de março fechando o verão...”. A chegada do outono provoca depressão em qualquer Carioca, mas como não podemos viver o ano inteiro com praias lotadas e aquele sol escaldante, temos que sentar e começar a contagem regressiva para o próximo verão.
No Rio, a mudança de estação não causa um impacto tão grande, pois o Sol e o calor, há séculos têm uma relação de eterna sintonia com a Cidade Maravilhosa. Já aqui em Santa Catarina, especialmente em Balneário Camboriú, o fim do verão é sentido de imediato pelo vento frio que começa a soprar nos finais de tarde.
Por um lado, é hora de começar a planejar as noites de friozinho, com um bom DVD e vinho. É a saída, pois a cidade já não está tão cheia e logo é possível ver bares que bombavam há um mês, fechando para reformas ou até de vez.
Como gosto de recordar, não posso deixar de citar os momentos maravilhosos que vivi nesse verão. Um deles foi o Réveillon em família, na Praia Central. Muitos sábados foram encerrados com areia no pé e cervejinha gelada. Diferente dos últimos verões, esse último não fui para o Rio, mas nem por isso deixei de curtir intensamente.  Agora vou ficar na expectativa do próximo, mas para não sentir tantas saudades confiram algumas fotos do Verão 2010/2011 em Balneário Camboriú.

(Fotos: By Carlos Erbs Jr.)