sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Salve o Rio de Janeiro


Capa do Jornal de Santa Catarina do dia 26/11/2010 






















Assim como todas as pessoas que conhecem as belezas do Rio e a alegria do povo Carioca, estou indignado com tudo que a minha Cidade Maravilhosa está passando.
Como sou muito sarcástico, não deixo de fazer piadas, cantar meus funks e meus sambas para ressaltar minhas raízes, brincando com toda a situação. Porém, fico muito triste ao ver a capa do Jornal de Santa Catarina de hoje (26/11/2010), o popular Santa, estampando o nosso lindo Cristo Redentor com um colete à prova de bala.
Defendo a minha terra e sei que o que está acontecendo faz parte de um processo de combate ao crime organizado, que nunca foi feito antes. Inverteram o processo de décadas, onde o Estado virava as costas e mantinha o crime e os problemas escondidos nos morros da cidade. Agora o Estado toma os morros de volta e obriga esses criminosos a se organizarem em outras áreas.
Essa movimentação com certeza deve ter gerado um baque no comércio de drogas e na economia da bandidagem, que perderam “pontos” nobres de distribuição e venda de entorpecentes.
Agora ver companheiros de profissão fazendo certas análises sobre a violência no Rio, sem conhecer a realidade e a geografia Carioca, me deixa muito triste. Lembro de quando aconteceu a tragédia das cheias e deslizamentos aqui em Santa Catarina em 2008, vi uma série de equívocos divulgados por jornalistas de fora do Estado, que não conheciam a região e passavam informações erradas. Vi notícias saírem distorcidas: como a que divulgaram que o município de Ilhota estava totalmente destruído. Eu estava lá e via que tudo já tinha voltado ao normal e a mídia continuava explorando o sensacionalismo.
A Globo News tem mostrado o problema de uma maneira coerente e real, usando especialistas para debater o assunto. Esse tipo de informação é importante para desmistificar esse problema vivido pelo meu povo.   
Acredito que o Rio está no caminho certo, tem que bater de frente e ir para o confronto com os criminosos e assim retomar o controle. Nunca fizeram isso e agora é a hora de conquistar evoluções na segurança pública, assim como conseguiram: Nova Iorque nos Estados Unidos e Bogotá na Colômbia.



“Eu sou raiz desse chão e canto a minha emoção. Salve o Rio de janeiro”.
Samba do Salgueiro de 2008  

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Caldo na banca



O daqui era um pouco diferente e faltava o tradicional pastel


Hoje tirei uma folga no jornal e fui a Itajaí. Para quem não conhece a cidade portuária faz divisa com Balneário Camboriú. Lá, resolvi assuntos particulares e acabei matando saudade de duas coisas não muito comuns por aqui.
A primeira foi o caldo de cana vendido em uma Kombi, estilo os das feiras livres, que estava estacionada em uma rua transversal a Rua Lauro Müller. É isso mesmo, a rua tem o nome da famosa via Carioca onde está situado o shopping Rio Sul.
Mas voltando ao caldo de cana, ele estava bem gelado e gostoso.
Continuei caminhando para retornar para Balneário Camboriú e passei por uma banca de jornal. Quanto tempo não via uma dessas.
Aqui o comum são as revistarias, estilo lojinhas, que não tem a mesma graça que as boas e velhas bancas com jornais pendurados do lado de fora e inúmeras publicações. O conteúdo de revistas é o mesmo, já os jornais são diferentes. O Globo e O DIA não se encontra por aqui e sim jornais locais, de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e até da Argentina. Também não tem os donos italianos, tricolores e as esquinas onde normalmente ficam situadas as bancas de jornal do Rio.
Até hoje estranho, principalmente quando lembro minha infância na casa dos meus avós na Tijuca e a banca do Marcelo. Tricolor roxo, que tinha o ponto ali na Rua do Matoso, quase esquina com a Dr. Santamini. Bons tempos. Mas como eu que sou de fora, resta adaptar-me a cultura local.

Foto: Divulgação internet  

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ares cariocas


 Quando morei um mês em Florianópolis, quase conheci o famoso “Botequim Floripa”, situado na Avenida Rio Branco, Centro. Como estava lotado, eu e meu amigo Eduardo, demos meia-volta e fomos procurar outro local para tomarmos um bom chope gelado.
Três anos depois, em uma sexta-feira de junho de 2009 procurava algum lugar para fechar a noite com os amigos de trabalho que me acompanhavam no Congresso da Associação dos Jornais de Interior de Santa Catarina (ADJORI-SC).
Cara dos bons botecos do Centro do Rio, no estilo Capela e Bar Luís, o “Botequim Floripa”, logo me deixou bem à vontade. Chope estupidamente gelado da Brahma, com o típico, bem tirado colarinho, dizia que a noite seria agradável e realmente foi. Todos “comprovaram e provaram a versatilidade” do local, como dizia o saudoso malandro Bezerra da Silva.
O lugar tem decoração retrô estilo anos 1960, imagens de antigas propagandas e até “guaraná de rolha”. Para um boêmio e nostálgico como eu, o lugar perfeito.
Sobre os quitutes da casa, dizem que são famosos os petiscos que levam carne seca, mas eu preferi matar a saudade do bom caldinho de feijão, com farofinha, salsinha e torresminho. A carne seca mato a saudade quando for ao Belmonte do Jardim Botânico. Lá é clássico o delicioso pastelzinho com esse recheio.
Quem for à capital catarinense, vale a pena conferir o local. Ainda mais se for Carioca. Quem quiser dar uma sondada no bar para ter um gostinho, pode acessar o site www.botequimfloripa.com.br. Ah, não posso deixar de citar que a webpage tem um bom chorinho de fundo, dando ainda mais um ar de Rio. 

 Imagem: Divulgação internet