segunda-feira, 4 de abril de 2011

Identidade Carioca

Foto: Reprodução bermuda da Bestness by Carlos Erbs Jr.  

Aqui em Santa Catarina se discute muito a questão da identidade do estado. Dividida pelas regiões, ela sofre influências diretas das mais distintas. Nas divisas com o Rio Grande do Sul, as tradições gaúchas, predominam. Há ainda a influência vinda do Paraná e a mais predominante que é dos imigrantes europeus, principalmente no Vale do Itajaí. Uma coisa é certa, é muito difícil dizer o que realmente é uma cultura genuinamente catarinense, ou pelo menos dizer que foi incorporada e propagada pelo mundo. Talvez a Oktoberfest de Blumenau e o “Manezinho da Ilha”, de Florianópolis sejam essas maiores representações.
Mas um dia discutindo isso com um Gaúcho, ou melhor, um nativo do Rio Grande do Sul, pois gaúcho não é naturalidade e sim aquele que pratica e preserva a cultura gauchesca; caímos na discussão do que seria a identidade Carioca.
Provocações à parte, dissecamos qual a cultura do Rio de Janeiro, que o mundo todo canta e se encanta.
Não estamos falando das belezas naturais, que levam nosso nome aos mais distantes cantos do planeta. Então, o que seria a identidade do Carioca? O malandro? A feijoada? O samba?
Poderíamos balançar a cabeça positivamente para essas três opções, mas a exemplo do samba, que explodiu nas rodas da Praça da Mauá, tem origem nos rituais afros do candomblé e da umbanda trazidos pelos baianos, a então capital da nação.
E é justamente o fato de ter sido a capital do Brasil, até a fundação de Brasília em 1960, que fez o Rio sofrer influências de diversas nações.
Antes mesmo da chegada da Família Real Portuguesa, em 1808, os franceses já tinham deixado algumas marcas na cidade, que até hoje podem ser conferidas. Mas foi o calor escaldante desta terra que recebeu o título de maravilhosa, não por acaso, que foi moldando o jeito dos muitos “Meninos do Rio” e das “Garotas de Ipanema”. De “corpo aberto” e com muito suingue foram recriando os estilos e colocando patentes naquilo que se identificavam. Desta forma, incorporando e apimentando a gosto, o Carioca, criou o seu jeito arrastado de falar, malemolente de andar e despojado de se vestir, exaltando o “Carioca Way of Life”.

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