segunda-feira, 30 de maio de 2011

Clássico Alvinegro

Domingo, dia 29 de maio, me convidaram para assistir um clássico do futebol brasileiro no Estádio da Colina. Não pensei duas vezes e segui à tarde para o relvado onde seria disputada a partida.
Em campo dois alvinegros, um com a cruz de malta no peito e o outro com a gloriosa estrela solitária. Nas torcida muitas camisas com a tradicional faixa diagonal, iguais às que consagraram craques como Romário, Edmundo e Roberto Dinamite e também com as listras verticais como as usadas por Garrincha, Nilton Santos e mais recentemente Túlio Maravilha.
E foi justamente esse embate de alvinegros, que mês fez recordar vários Vasco e Botafogo no Maracanã. Alguns como a Taça Rio de 1994, onde pela primeira e única vez vi o Denner dar seus dribles de moleque, ao lado de Valdir Bigode e um jogo que o Vasco venceu por 1 a 0, que se não estiver errado foi com gol do meia Willian, aquele baixinho habilidoso que jogou nas décadas de 80 e 90.
Também lembro um jogo entre as duas equipes, que o Túlio prometeu dois gols contra o meu Vasco. Ele cumpriu a promessa e me fez voltar para casa de cabeça cheia. Mas futebol é assim. Um dia ganhamos, outros perdemos.
Mas voltando à partida deste domingo, para minha alegria, os cruzmaltinos abriram o placar e terminaram o primeiro tempo com a vantagem de 2 a 0. Na sequência mais um a favor do time da cruz de malta e um de honra para o time da estrela solitária. Festa na colônia e nos botequins com o placar de 3 a 1.
Porém, quando estava indo embora ouvi dois torcedores, um de cada time, comentando sobre a partida no idioma alemão. Pensei: que legal! Turistas vieram acompanhar esse clássico.
Fui embora feliz da vida revivendo alguns domingos, que ao lado do meu pai e às vezes de amigos, ou mesmo do meu irmão vivi no Maracanã.
Ao chegar em casa liguei a TV para assistir os populares debates de fim de rodada e comecei a estranhar uma coisa. Os comentaristas falando o tempo todo que o Botafogo vencera o Santos por 1 a 0 e o Vasco estava derrotando o América Mineiro por 2 a 0.
Ué como podia isso, se eu tinha acabado de assistir os dois em campo. Quem conhece onde eu moro, vai entender de cara a brincadeira. Para os demais, terei que revelar.
Na verdade o Estádio da Colina, não é São Januário, o time cruzmaltino, não é o meu querido e amado Vasco da Gama e sim o Vera Cruz, de Pomerode. Assim como, o Botafogo não é o de General Severiano e sim do Wunderwald.
Apesar de não ser o verdadeiro clássico entre os alvinegros Cariocas, a partida do Regional Amador da LPD valeu para relembrar bons momentos deste tradicional duelo do futebol da minha terra.
   


Botafogo 1 x 3 Vera Cruz by Carlos Erbs Jr./ Jornal de Pomerode
         

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Nova atração no Zoo Pomerode

A mãe protege a pequena Juli no Zoo Pomerode
Foto by Carlos Erbs Jr.

Talvez quem leia esse meu post estranhe o tema. Mas como disse desde início, o Fora da Gema tem como foco situações vividas por mim em Santa Catarina.
O jornalismo às vezes nos proporciona situações engraçadas e bem distintas. Depois de cobrir a prisão de um ladrão de residências fui fazer uma matéria sobre um filhote de babuíno verde, que nasceu há dois meses e agora está em exposição no Zoo Pomerode.
Como o blog propõe também falar de locais interessantes para se visitar, vai aí uma dica de quem já visitou diversos zoológicos - Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro, o de São Paulo, o Simba Safari, também em Sampa e o Bush Garden, em Tampa, Flórida: visite o de Pomerode. Ele é bem organizado e conta com uma diversidade de animais. Sem contar que o local, tem suas peculiaridades históricas. É o terceiro zoológico do Brasil e o primeiro da região Sul. Sua data de fundação é de 1932 e após 79 anos, ainda é uma das principais atrações de Pomerode.
Quanto ao filhote de primata, apesar da carinha de macaquinho é muito bonitinho e vale a pena conferir. Na verdade é uma fêmea que recebeu o nome de Juli. A mãe não desgruda um só minuto, para não deixar que o pai chegue perto e possa fazer algum mal ao filhote.
O babuíno verde é uma espécie nativa do continente africano, mas que hoje tem bastante exemplares no Brasil, sendo criados e se reproduzindo em cativeiro. O animal vive em média 30 anos.


Foto by Gabi Milchert/Jornal de Pomerode


Foto by Gabi Milchert/Jornal de Pomerode

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Pagode com chucrute

Os Kamaradas da Dudonne Pizzaria by Carlos Erbs Jr.




Não sabia que em terra de “alemão”, o popular pagode, tinha vez. Mas descobri isso na sexta-feira na Dudonne Pizzaria, no bairro Testo Rega, em Pomerode, onde se apresentou o grupo Os Kamaradas.
Confesso que no início achei o convite estranho, mas resolvi arriscar e acompanhado, da minha esposa Louise e da galera do Jornal de Pomerode, fui conferir de perto.
Chegando lá, começamos com as comparações, mesmo antes de o pagode rolar. Para quem conhece, o ambiente fazia lembrar um pouco a Ilha dos Pescadores, local de algumas “batalhas” em tempos passados e que todo solteiro no Rio sabe muito bem como é. A lembrança era principalmente por ser um local aberto e que a galera ficava circulando.
O grupo que originalmente era de Blumenau, hoje tem a maioria de seus integrantes de Gaspar. Eles tocaram algumas pérolas do pagode e se arriscaram também em alguns “axés". Rolou Exaltasamba, Revelação, Alexandre Pires, mas samba de raiz muito pouco, uma pena. Mas até é compreensível, pois não é bem a preferência do eleitorado por aqui.  
Pela quantidade de gente que prestigiou, o pagode da Dudonne deve ter outras edições, mostrando assim que “alemão” também gosta de cair no samba, ou pagode. E como dizia Caymmi, “quem não gosta de samba, bom sujeito não é...”.